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segunda-feira, maio 09, 2005
| Se a Baixa, como muitos afirmam, está “a afundar-se”, deve ser por outras razões … |
Planta da Baixa de Lisboa antes do terramoto de 1755 e o projecto dos novos arruamentos [Eugénio Santos, 1760?]; é visível na parte inferior da planta a área que a Praça do Comércio conquistou ao rio, bem como a distância entre o antigo e o novo cais.
Esta situação resultou [como se disse no post anterior] das terraplenagens do entulho das demolições realizadas antes da reconstrução pombalina; daí que os níveis freáticos estejam muito mais profundos que as cotas dos actuais arruamentos.
Se a Baixa, como muitos afirmam, está "a afundar-se", deve ser por outras razões …
os níveis freáticos estão precisamente ao nível do rio e isto não permite outra discussão, logo, estão imediatamente abaixo do nível dos arruamentos, nomeadamente ao nível das caves e estacionamentos de betão que tanto se critica.
a questão é que o betão não permite a livre circulação das águas o que deixa as estacas dos edifícios pombalinos desprotegidas e a apodrecerem por oxidação.
as fundações da baixa estão sim a apodrecer e as terras a perder humidade e este fenómeno provoca deslizamentos e reassentamentos nocivos para os edifícios e os arruamentos.
esta é a razão científica do "afundamento" da baixa. a razão especulativa ou partidária não sei qual é.
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