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baixapombalina - blog sobre as polí­ticas de intervenção na Baixa Pombalina

 

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sábado, agosto 06, 2005

 

O Post-Terramoto e a inauguração da estátua de D. José I




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sexta-feira, agosto 05, 2005

 

A Baixa de lés a lés - Ruas e Praças [I]

O plano de Eugénio dos Santos e Carlos Mardel da reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755, aprovado pelo Marquês de Pombal, apresentava uma rede de ruas longitudinais e transversais, cortadas em ângulos rectos, com importância diferenteque é traduzida pela largura das suas ruas e passeios.
Em 5 de Novembro de 1760 foi inaugurada em Lisboa a pratica de atribuição de nomes de ruas por decreto. Neste diploma D. José estabelece a denominação dos arruamentos localizados entre a Praça do Comércio e o Rossio, bem como regulariza a distribuição dos ofícios e ramos do comércio.

Rua da Assunção [antiga Travessa da Assunção]

Deve o seu nome à ermida de Nossa Senhora da Assunção situada na Rua da Prata.
"Nela de arruarão os Cerigueiros, assim de chapeús como de agulhas."

Rua Augusta

Uma das artérias do plano de Eugénio dos Santos e Carlos Mardel de reconstrução da Baixa de Lisboa após o Terramoto de 1755 que foi aprovado pelo Marquês de Pombal,esta rua teve esta denominação pelo decreto de 5 de Novembro de 1760 que também regula a distribuição de ofícios e ramos do comércio. Na Rua Augusta, que homenageia a Augusta figura do soberano D.José I, se deviam alojar os mercadores da seda e da lã. Somente, mais tarde, em 1873, foi construído o remate desta artéria nobre da Cidade, o Arco Triunfal, de autoria de Veríssimo José da Costa. Outrora espaço onde os nobre passeavam e os burgueses faziam os seus negócios a Rua Augusta tem hoje um carácter de grande centro de estar e de convívio. Para tal, contribuiu o encerramento oficial ao trânsito de veículos no dia 28 de Julho de 1984, e a instalação de esplanadas e quiosques. Esta rua dinâmica e rica assume ao longo do dia várias formas de estar e várias vivências, com os miúdos da rua descalços, os indivíduos apressados para chegar ao trabalho, o turista despreocupado, os músicos de rua, os espectáculos de mimos e do homem estátua, os compradores e os que simplesmente se sentam na esplanada para conversar e beber um café.

Rua Áurea

"Nela se acomodarão os Ourives do Ouro, alojando-se nas acomodações que dele sobejaram os Relojeiros e Volanteiros."

Rua do Comércio [designações anteriores: Rua de El-Rei / Rua Nova de El-Rei ]

Chamava-se Rua Nova de El-Rei, tomando a denominação da mais importante rua de Lisboa, antes do terramoto, onde foram arruados os comerciantes da capela ou dos capelistas, "e o que sobejar para os as vendas dos outros mercadores de louça da India, de Chá e das mais fazendas de seu tráfico." Era também vulgarmente designado por Rua dos Capelistas.A homenagem efectuada a um membro da realeza levou a que no período da Primeira República, designadamente, em 5 de Novembro de 1910, este topónimo fosse alterado para Rua do Comércio, numa manifestação clara de republicanismo em contraposição com a monarquia.

Praça do Comércio

“Praça principal de Lisboa, sala de visitas da Cidade - de uma nobilíssima magestade à qualnão falta harmonia - todos a temos nos olhos”. É desta forma que Norberto de Araújo descreve a Praça do Comércio.
A denominação dada à praça foi atribuída pelo Marquês de Pombal que,deste modo,homenageou os comerciantes de Lisboa que, voluntariamente, cederam 4% sobre os direitos alfandegários de todas as mercadorias para a reconstrução da cidade.
No entanto, o povo não aderiu à homenagem, continuando a chamar-lhe Terreiro do Paço. Esta última designação faz referência ao Paço da Ribeira erguido neste sítio por D. Manuel, entre 1500 e 1505.
Concebida por Eugénio dos Santos e Carlos Mardel, após o terramoto de 1755, a Praça do Comércio surgiu integrada num projecto alargado, de reconstrução da Baixa. A ela iam dar as ruas mais “nobres” da cidade – Áurea (Ouro), Augusta e Bela da Rainha (Prata). O projecto aprovado era moderno, com ruas largas, traçadas geometricamente com linhas rectilíneas: “A esta consideração de conservar as ruas de Lisboa livres de embaraços (entulhos) que as fazem imundas, para o que concorrerá muito a maior largura das ruas e menor altura dos edifícios, não excedendo de dois pavimentos sobre as lojas” (Manuel da Maia).
Cerca de vinte anos depois do terramoto, a 6 de Junho de 1775, a estátua equestre de D. José, feita por Machado de Castro, foi colocada na Praça do Comércio,tendo sido acompanhada por festejos e solenidades que duraram três dias.
O Arco da Rua Augusta, ou Arco Triunfal, de autoria de Veríssimo José da Costa, remate de uma artéria nobre da Cidade, a Rua Augusta, concluído quase um século depois, em 1873, constituiu juntamente com a estátua equestre o coroamento da reconstrução de Lisboa.
A Praça do Comércio ou Terreiro do Paço, ou ainda “Black Horse Square” (Praça do Cavalo Preto), como os ingleses lhe chamam é uma obra que honra a arquitectura desta época e é uma das mais imponentes praças públicas da Europa.

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