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baixapombalina - blog sobre as polí­ticas de intervenção na Baixa Pombalina

 

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quinta-feira, dezembro 04, 2003

 

"Pela primeira vez Lisboa tem uma intervenção que pode ser vista do espaço"


Desenhos de Luz no Terreiro do Paço



"Sininhos, ramos de azevinho, velas, árvores de Natal e outros desenhos alusivos à quadra projectam-se e borboleteiam nas paredes dos edifícios pombalinos dos ministérios do Terreiro do Paço, numa intervenção patrocinada pela câmara, que investiu 1,100 milhões de euros nesta decoração natalícia. A intervenção inclui também quatro focos de raios laser em tons de azul, que dos cantos do Terreiro do Paço se elevam a mais de seis metros de altura, fechando-se ao alto, sobre a praça, onde se ouvem em simultâneo cânticos de Natal. "
[Público, Quinta-feira, 04 de Dezembro de 2003]


quarta-feira, dezembro 03, 2003

 

A Baixa Pombalina - "a primeira cidade moderna do Ocidente, no quadro do urbanismo des Lumières".




A Feira Franca na Avenida da Liberdade por ocasião do 3.º Centenário da Descoberta da Índia. Litografia, 1898, J.R Cristino e Roque Gameiro.
Museu da Cidade


Como afirmou José-Augusto França, a Baixa Pombalina "define-se exemplarmente como a primeira cidade moderna do Ocidente, no quadro do urbanismo des Lumières".
Contudo, ao plano de reedificação da Baixa após o terramoto faltava um parque público, um equipamento frequentemente integrado na reconstrução das cidades europeias influenciadas pelos ideais das Luzes; assim surgiu o Passeio Público [actualmente a Av. da Liberdade] "concebido como uma alameda muito parecida com o desenho dos 'mails' e dos 'cours', (…) devia contribuir para o ordenamento do espaço público, para a 'formosura' da cidade e para o saneamento da mesma." Mas o município decidiu substituí-lo por um outro, a norte da Av. da Liberdade - o Parque da Liberdade [agora Parque Eduardo VII].
Desta substituição nasce a Av. da Liberdade - a concretização da velha ideia que germinava há décadas "de uma grande avenida e abertura de um eixo de penetração norte". Foi com o " protagonismo robusto de Rosa Araújo, Presidente da Câmara entre 1878-1885," que se abalaram todos os adiamentos.

Lisboa, um trecho da Avenida da Liberdade, in O Bilhete Postal Ilustrado e a História de Lisboa, de José Manuel da Silva Passos.



terça-feira, dezembro 02, 2003

 

Marquês de Pombal na "CAMÕES - Revista de Letras e Culturas Lusófonas"


"Dedicar um número da Camões - Revista de Letras e Culturas Lusófonas à figura do Marquês de Pombal que trouxesse algo de novo a uma historiografia secular, rica e variada, foi o desafio que nos propusemos realizar. Tratando-se de um número duplo, a ideia inicial foi dar a conhecer, numa primeira parte, alguns aspectos menos conhecidos da personalidade e da actuação pombalinas, abordando, depois, a história da reconstrução de Lisboa e da marca que o urbanismo setecentista deixou na cidade e que persiste até aos nossos dias. A personalidade do Marquês e o seu governo controverso permanecem motivo de polémica até hoje. Detestado por muitos, admirado por outros, a controvérsia que a sua actuação suscitou ao longo de décadas, perpassa, como um fio condutor, pelos textos que compõem este número da Revista. Para além do mito, ficou o lastro ideológico, a um tempo reformador e autoritário, voluntarista e despótico que atravessa todos os quadrantes da sociedade portuguesa.
Os três primeiros artigos abordam a personalidade do Marquês numa espécie de jogo de espelhos. A abrir, o magnífico texto de Agustina Bessa-Luís, "Memórias pombalinas do Marquês de Bombelles". Um outro marquês, chega a Portugal como embaixador de França, após a morte do Ministro, e é confrontado com a sua sombra nas paredes do paço real e na memória dos seus descendentes, dos que lhe sucederam no governo do Reino e da própria Rainha. António Pedro Vicente faz uma síntese rigorosa da actuação pombalina, no contexto do Iluminismo, sublinhando que o Marquês foi, sobretudo, um percursor do Portugal moderno. José Esteves Pereira analisa um opúsculo apologético, publicado após a tentativa de assassinato do Ministro em 1775, intitulado "Preces e votos da Nação Portuguesa ao Anjo da Guarda do Marquês de Pombal", concluindo que se tratou de um instrumento de propaganda da política pombalina, sob a capa de uma teorização do carácter sagrado do poder régio.
Segue-se um conjunto de textos sobre aspectos diversos da actuação de Carvalho e Melo. Nuno Monteiro revela uma perspectiva diferente da relação entre Pombal e a aristocracia portuguesa, nomeadamente no que toca ao papel político e social da grande nobreza de corte. Fernando de Sousa explica as origens conturbadas da fundação da Companhia Geral de Agricultura e Vinhos do Alto Douro. Jorge Couto dá-nos uma panorâmica do Brasil pombalino que se tornara, durante o século XVIII, pedra angular do império português. Eugénio dos Santos aborda a difícil relação entre Pombal e os Oratorianos. No campo da cultura, Cristina Fernandes fala da evolução da música sacra na época, nomeadamente o seu significado sociológico e Duarte Ivo Cruz faz uma síntese do teatro produzido pelo movimento literário da Arcádia Lusitana.
A segunda parte deste número da Revista Camões está organizada em torno da reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755 e das suas consequências para a história urbanística da capital. José-Augusto França define-a, exemplarmente, como a primeira cidade do Ocidente no quadro do urbanismo das Luzes, entre a fundação de S. Petersburgo e de Washington. Manuel Canaveira faz uma análise da toponímia problematizando, em tom por vezes irónico, o novo topos urbano, que se transformou no centro da vida politica dos últimos duzentos e cinquenta anos. António Miranda e Helena Pinto Janeiro falam da recuperação arquitectónica da residência da família do Marquês em Lisboa, o Palácio dos Carvalhos situado na Rua do Século. Renata Araújo retoma o tema do Brasil pombalino, desta vez na perspectiva do urbanismo iluminista que presidiu à construção das cidades do império. Teresa Rodrigues dá-nos uma visão da vida quotidiana nos tempos modernos. Com os últimos textos entramos, na época contemporânea. A cidade liberta-se dos limites estreitos impostos pela Baixa pombalina com a abertura do Passeio Público, centro da nova sociabilidade oitocentista e, posteriormente, da Avenida da Liberdade e do Parque Eduardo VII, evidente em Françoise le Cunff. Ainda e sempre sob a égide do Marquês de Pombal, como transparece nos textos de Gabriela Carvalho e José de Monterroso Teixeira, a construção da Rotunda e da sua estátua emblemática estabelece uma nova centralidade, abrindo as portas às Avenidas Novas e à Lisboa do Século XX"
.[Piedade Braga Santos, in Instituto Camões]

segunda-feira, dezembro 01, 2003

 

Os quatro momentos da Restauração


Os acontecimentos de 1 de Dezembro de 1640 em Lisboa, relatados em forma de banda desenhada numa publicação de Amesterdão em 1641.



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