|
Banca de Jornais veja aqui as edições de hoje
domingo, outubro 03, 2004
Viver na Baixa é como o «slogan» que Fernando Pessoa fez para a Coca-Cola - “Primeiro estranha-se. Depois entranha-se”.
sábado, outubro 02, 2004
A Loja Azevedo Rua fundada em 1886 por um produtor de vinho falido é a única chapelaria que resta no Rossio onde o Marquês colocou os chapeleiros
Cartolas, barretes regionais, cocos, panamás, palhinhas, chapéus de feltro clássicos, mazantinis, tricórnios, arreios de cortesia para cavaleiros tauromáticos, bem como, chapéus da Inglaterra (das chapelarias que forneciam a Princesa Diana, entre outras), França, Itália e Áustria - eis o que ainda pode comprar na única chapelaria que resta no Rossio [a praça que o Marquês de Pombal projectou para os chapeleiros] e que hoje, de certeza, não ousaria lembrar-se de tal coisa. É que chapéus e bonés há muitos mas são de hipermercado ou, se calhar, de alguma loja de desporto de um centro comercial…
Descobrir estabelecimentos especializados na venda de um só produto é uma preciosidade que faz parte da tradição da Baixa.
A loja [Azevedo Rua, assim se chama] foi fundada em 1886 por um produtor de vinho falido, é ainda hoje propriedade da mesma família. Da lista dos seus clientes constaram o Rei D. Carlos, o escritor brasileiro Jorge Amado e a esposa, Zélia Gattai, o cavaleiro João Branco Núncio e até Mário Soares que ali comprou a cartola que usou na visita oficial ao Japão.