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quinta-feira, setembro 16, 2004
... "todo o cais é uma saudade de pedra!"
Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!
E quando o navio larga do cais
E se repara de repente que se abriu um espaço
Entre o cais e o navio,
Vem-me, não sei porquê, uma angústia recente,
Uma nevóa de sentimentos de tristeza
Que brilha ao sol das minhas angústias relvadas
Como a primeira janela onde a madrugada bate,
E me envolve como uma recordação duma outra pessoa
Que fosse misteriosamente minha.
Álvaro de Campos, Terceiro verso da "Ode Marítima", escrita em 30 de Junho de 1914 e publicada pela primeira vez no nº 2 de Orpheu (Abril, Maio e Junho de 1915)
Os tempos que passei aqui na brincadeira, hehe...e apanhar caranguejos aquando da maré vazia. Belos tempos.
Obrigado pela lembrança de o ver aqui.
Os meus cumprimentos.
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