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quarta-feira, setembro 08, 2004

 

Na Fonte da Figueira |Poço do Borratém brotava uma água “admirável para curar comichões, impingens, postelas, gretaduras e achaques de fígado”.



O Largo do Borratém, junto à Praça da Figueira, é como todos os lugares da Baixa um local cheio de memórias. Antes do terramoto, ali viveu o legista João das Regras, se levantaram o convento de S. Camilo de Lélis, o palácio dos Castros, dos condes de Monsanto e se ergueu, em 1541, a ermida de S. Mateus, cuja fachada dava para um poço onde brotava uma água com notoriedade científica na cura de algumas maleitas que iam desde as comichões aos achaques de calor.
Pensa-se que desde ocupação romana eram utilizadas para o abastecimento público.
O poço sobreviveu ao terramoto de 1755 mas a qualidade das suas águas foi afectada pela tragédia. Apesar disso, a Irmandade das Almas que “recebia as contribuições dos aguadeiros” encarregou-se de zelar pela sua manutenção a fim de distribuir a água ao povo.
No século XX o poço foi tapado e, repare-se, serviu de depósito de atoalhados!... até que em 1986, após denúncias na comunicação social, voltou novamente a ser recuperado.
Mesmo com a "fama denegrida" [o local parece ir pelo mesmo caminho! ] lá se encontram hoje as ditas águas a jorrar de duas bicas, quase como que antevendo os bons níveis freáticos da Baixa Pombalina cujo estado só será conhecido com a publicação das leituras dos piezómetros instalados pela CML ; afinal a Baixa estará “a afundar-se”?!... e que dizer da água medicinal que também jorra junto ao Terreiro do Paço, no Arsenal da Marinha, referida por Eça na descrição que fazia do Rossio do século XIX - "sob as árvores [desta Praça], a cada canto se apregoava água fresca do Arsenal"?


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