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segunda-feira, maio 31, 2004

 

Gastronomia na Baixa Pombalina [1]-"Livro de Bordo / Vozes, olhares, memorações "



Restaurante "Terreiro do Paço" entre os melhores do Mundo

A Baixa Pombalina possui um dos 50 melhores restaurantes do mundo, de acordo com a classificação da "Condé Nast Traveler", uma das mais prestigiadas revistas americanas de turismo.
Integrado no LISBOA WELCOME CENTER ["infra-estrutura polivalente e flexível" do turismo de Lisboa],junto às arcadas do Terreiro do Paço, o restaurante é elogiado não só pelos seus pratos tradicionais como também pelas suas entradas.
Em breve vai surgir com um novo projecto e uma nova " proposta gastronómica, protagonizada pelo chefe Vítor Sobral, em parceria com a sociedade Quinta das Lágrimas"; o objectivo é " encontrar aqui muitos dos melhores produtos gastronómicos portugueses"
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Martinho da Arcada

O café dos famosos

"Abriu as portas à luz de lampiões de azeite, conheceu depois a iluminação a gás e ganhou um novo brilho com a instalação da electricidade. O Martinho da Arcada, em Lisboa, acompanhou as grandes revoluções dos últimos dois séculos.
218 anos se passaram desde que abriu as suas portas, no dia 7 de Janeiro de 1782, com o nome de "Casa das Neves". Actualmente, é o mais antigo café da capital.
Começou por ser uma loja de bebidas, gelo, frutas e especiarias. Depois mudou de ramo, dedicando-se à venda de bilhetes para viagens de sege (carruagens de duas rodas e um assento), que fazia o percurso entre o Terreiro do Paço e Belém. Foi agência de empregos e, só depois, abriu as portas como café.
Ao longo da história mudou várias vezes de nome: "Casa da Neve" (1782), "Casa de Café Italiana" (1784), "Café do Comércio" (1795), "Café da Arcada do Terreiro do paço" (1824), "Café Martinho" (1830). Em 1845, com a abertura do "Martinho do Camões", o proprietário, Martinho Bartolomeu Rodrigues decide mudar-lhe mais uma vez o nome para "Martinho da Arcada", para que não restassem dúvidas sobre a identidade do estabelecimento. Assim ficou conhecido até aos nossos dias.
António de Sousa era vizinho num café ao lado e, na década de 80, decidiu adquirir o estabelecimento, apesar do estado de degradação. O café passa por uma fase de restauro devido às acções de sensibilização da associação "Os Amigos do Martinho da Arcada" que pressionaram o Governo para a recuperação do edifício.
O estabelecimento sujeita-se então a obras de restauro desde o Outono de 1989, até 22 de Fevereiro de 1990.
Após a reabertura o estilo arquitectónico manteve-se e algumas peças originais foram preservadas, como é o caso das portas, do soalho junto às janelas e do mobiliário. No dia em que reabriu as portas, António Barbosa de Sousa era o novo proprietário do café.

Encontro de famosos
Entre os muitos anónimos que ao longo da existência do Martinho da Arcada, marcaram presença, mais ou menos assídua, destacaram-se algumas figuras do panorama nacional das últimas décadas. Pelas cadeiras do Martinho passaram Bocage, Eça de Queirós, Cesário Verde, Columbano, Gago Coutinho, Duarte Pacheco, Ricardo Espírito Santo e Mário de Sá Carneiro. Contudo, o café ficaria intimamente ligado a uma das mais proeminentes figuras das letras nacionais. Fernando Pessoa. O escritor fez do café o seu escritório e era ali que deitava contas à vida em folhas de papel. Conta-se que alguns jantares foram pagos com poemas, como o que deixou escrito numa ementa da casa, encontrando-se hoje exposta nas paredes do estabelecimento. Também lá está ainda a mesa, com a chávena da bica, o copo de aguardente e alguns livros do autor de "A Mensagem".
Desde 1991, organizam-se no Martinho noites de tertúlias, levando ao café inúmeras figuras da sociedade portuguesa: Amália Rodrigues, Jorge Sampaio, Pedro Abrunhosa, Maluda, Jorge Amado, Herman José, Mário Soares, Siza Vieira, Belmiro Azevedo, entre outros.

As especialidades da casa
Em 1820, o então "Café da Neve" ganhou fama com os seus gelados e carapinhadas (refrescos de limão ou laranjas congeladas, semelhantes a flocos de neve). Um século depois, em 1925, o Martinho da Arcada era conhecido pelo serviço de chá e pelas torradas feitas no carvão.
Hoje, a ementa do restaurante é composta por especialidades da cozinha portuguesa, desde os grelhados, ao Arroz de Pato à Portuguesa, o Bacalhau do Martinho e, de vez em quando, o Cozido à Portuguesa é o prato do dia. À sobremesa não faltam o Conventual, o Arroz Doce ou o Pudim Real. Para terminar, a especialidade da casa, um Pastel de Natal a acompanhar a imprescindível bica."
[http://gastronomia.oninet.pt/area_tematica/area_tematica.asp?codAreaTematica=211]


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