Baixa Pombalina

A complexidade das questões relativas à reabilitação de uma zona histórica com a Baixa Pombalina, considerada como Imóvel de Interesse Público, representativa de uma simbologia nacional indiscutível, no estado de pré-catástrofe a que chegou, não pode identificar-se com a acção casuística de reabilitação levada a cabo pela CML em 20 edifícios na Rua da Madalena, zona limite desta área classificada [trata-se de obras de reabilitação em 20 edifícios: 13 são obras particulares, cinco coercivas e duas em edifícios municipais].
Apesar das 50 vistorias realizadas pelos técnicos da Câmara, a identificação dos proprietários, as intimações, a definição das patologias e dos elementos a preservar, não podemos deixar de considerar que sem um PLANO DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO PARA A BAIXA POMBALINA [como um todo] que defina e aprove critérios genéricos de intervenção, fundamentados em investigações históricas e técnicas criteriosas, sem um Fundo Remanescente que permita aos proprietários realizar as obras de recuperação, sem um levantamento exaustivo dos problemas, patologias, descaracterizações, sem um Gabinete com capacidade e poderes de coordenação, sem um quadro legislativo que permita de forma clara e rápida todas estas acções - não será possível dotar a Baixa da reabilitação que merece.
Aguardamos que a actual proposta de criação da SRU [Sociedade de Reabilitação Urbana] para a Baixa que abarca as freguesias de S. Nicolau, Madalena, Sé, Mártires e São Paulo, possa dar resposta a estas nossas preocupações e permita a candidatura da Baixa Pombalina a Património Mundial.