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quarta-feira, maio 26, 2004

 

As Judiarias na Baixa - "Livro de Bordo / Vozes, olhares, memorações " [7]

Lisboa Quinhentista (pormenor de uma gravura alemã publicada na obra de Giorgius Braunius Agrippinensis "Civitatis Orbis Terrarum"

Mapa da Judiaria segundo João Nunes Tinoco, 1650.
No mapa a Judiaria grande ou Judiaria velha de Lisboa que se situava entre as Igrejas da Madalena, de S. Nicolau e de S. Julião e nas imediações das antigas Ruas da Correaria, Ourivesaria, Poço da Fótea e Rua Nova de El-Rei. Segundo Inácio Steinhardt a "Sinagoga Grande de Lisboa, deveria ter sido um edifício sumptuoso para a época, pois constituía uma atracção turística importante. O viajante alemão Jerónimo Muenzer, que visitou Lisboa em 1494, pouco antes da supressão do Judaísmo em Portugal, refere-se ao seu interior, "decorado com extrema beleza, com um púlpito para os sermões, semelhante aos das mesquitas e dez enormes candelabros com 50 ou 60 lâmpadas cada um, além dos outros". O edifício foi então purificado e reestruturado, para ser transformado na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, que se situava, antes do terramoto de 1755, segundo Samuel Schwarz e Augusto Vieira da Silva, na antiga Rua da Princesa (hoje Rua dos Fanqueiros), na esquina com a Rua dos Mercadores, a meia distância entre as actuais Ruas de S. Nicolau e da Conceição. Na voz do povo, em 1755, a igreja era chamada a Conceição Velha, para a distinguir da Conceição Nova, situada na então Rua Nova dos Ferros. A Igreja da Conceição Velha não foi incluida no plano pombalino de reconstrução da Baixa lisboeta, depois do terramoto. Em vez disso, o rei D. José deu aos frades o sítio da sumptuosa igreja da Misericórdia, na actual Rua da Alfândega, que também havia sido destruída pelo sismo. Aí foi construída a igreja, que ainda hoje existe, e que também ficou a ser conhecida por Conceição Velha. Talvez por isso, Alexandre Herculano e outros autores identificaram, por engano, a igreja da Rua da Alfândega com a Sinagoga Grande de Lisboa. Outros autores, como Vilhena Barbosa, Faria e Silva, Vieira da Silva e Samuel Schwarz desfizeram a confusão. Isso não impede que alguns guias turísticos ainda apontem para a ombreira da porta da Conceição Velha, na Rua da Alfândega, mostrando aos visitantes judeus, o que lhes parece ter sido o lugar da "mezuzá" judaica, uma caixa contendo um rolo de pergaminho com dois textos bíblicos. De qualquer modo, os turistas já não podem visitar o lugar do último templo judaico de Lisboa."
Também no Largo do Carmo existiu uma outra Judiaria. Foi extinta em 1317, quando D. Dinis doou essas casas ao Almirante Pessanha. Este almirante de origem italiana foi contratado pelo rei D. Dinis para organizar a Marinha portuguesa.
No local agora ocupado pelo Banco de Portugal existiu a Judiaria Pequena ou das Tercenas.
Finalmente, junto ao Arco do Rosário, na Rua da Judiaria, pode ser visto o que resta ainda da Judiaria de Alfama. Nesta rua existe um pequeno largo onde se situou noutros tempos a Sinagoga de Alfama.

Comments:
poderia dar-me mais informações sobre as judiarias de lisboa?
 
Esqueci-me dar o meu email: mt.cristina@clix.pt
 
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