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baixapombalina - blog sobre as polí­ticas de intervenção na Baixa Pombalina

 

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terça-feira, março 23, 2004

 

"Recuperar em vez de apagar" - o projecto BCP Millennium da Rua Augusta é um exemplo de reabilitação na Baixa Pombalina


"O projecto da Rua Augusta , em Lisboa, constitui certamente o culminar de dez anos de intervenções no património construído, permitindo uma séria reflexão sobre o modo e os limites da intervenção num velho quarteirão pombalino.

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Resultado da colaboração e do diálogo com as diversas entidades intervenientes na matéria , dada a importância da obra , o projecto de remodelação do quarteirão para a instalação da sucursal e serviços foi escolhido como modelo onde pudessem ser testados processos normativos adoptados para a zona da setecentista malha pombalina , de modo a regrar e a disciplinar no futuro as intervenções na Baixa, até aqui fruto da casuística.
Assim, os princípios básicos da intervenção foram definidos em diálogo com a Câmara Municipal de Lisboa , Faculdade de Arquitectura e o Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico. A ideia base consistiu na manutenção da matriz pombalina.

Ocupando a quase totalidade do quarteirão, o projecto manteve as fachadas de acordo com a secura e austeridade pombalina e as paredes estruturais com vista a assegurar a autenticidade da intervenção e a estabilidade do conjunto, bem como as abóbadas originais no tecto do piso térreo utilizadas como testemunho visual.
A mansarda foi usada em ritmo alternado . A cércea foi alinhada pelos corpos existentes nos extremos do quarteirão e o saguão recuperado. A estrutura original foi substituída por outra de betão armado e aço. No entanto esta transformação mais radical foi compatibilizada com a preservação dos elementos estruturais mais significativos e com a manutenção da tipologia do quarteirão de modo a manter a leitura do saguão interior sem o descaracterizar. Foi fechado, apenas superiormente, em clarabóia e alargado espacialmente mantendo-se a leitura da rede das suas paredes com a marcação dos vãos existentes. Abrigando as colunas de acessos , protagoniza a ligação aérea entre os edifícios das diferentes ruas.


De realçar a qualidade arquitectónica da proposta de intervenção , do marco que o projecto da Rua Augusta representa na evolução do que já poderemos chamar o vocabulário BCP. Algo o distingue de todos os outros e que nos leva de novo a pensar no firme propósito de construção , " de recuperar em vez de apagar ", de que o Banco tem vindo a dar provas ao longo deste último decénio.
Hoje esta reconstrução deverá ser a que se encontra mais próxima do projecto original apresentado ao Marquês de Pombal pelos seus engenheiros militares em 15 de Junho de 1758 . Foi uma transformação radical e que veio revolucionar a malha urbana e a linha arquitectónica da baixa da cidade. A filosofia então defendida por Pombal, compreendia quatro áreas importantes: a segurança contra os sismos , a economia, a funcionalidade e a higiene. Os edifícios foram agrupados em quarteirões rectangulares, o que aumentava a estabilidade dos mesmos . Sendo os cunhais sólidamente construídos em cantaria com as janelas rigorosamente afastadas destes. Pela primeira vez, se vai procurar criar de uma forma científica e sistemática , inúmeras inovações urbanas , arquitectónicas e construtivas."
[http://www.bcp.pt/r_augusta/default.htm]



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