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sexta-feira, janeiro 16, 2004
A BAIXA - "Livro de Bordo / Vozes, olhares, memorações " [9]
CONVENTO DO CARMO
D. Nuno Álvares Pereira ameaçou que mandaria construír os seus alicerces em bronze se ruíssem pela terceira vez; apesar dos estragos, nem o terramoto, nem as obras do Metro ousaram lançar por terra os seus alicerces...
A construção sofreu dois desmoronamentos, chegando o Condestável a protestar que, se os alicerces ruíssem pela terceira vez, os havia de fazer em bronze.
Aí viveu, sob o nome de Fr. Nuno de Santa Maria, depois de ter feito a distribuição dos seus grandes bens territoriais, e ali morreu em 1431.
Durante muito tempo foi local de peregrinação do povo de Lisboa, que ia dançar e cantar à roda do túmulo do herói.
O terramoto fez-lhe estragos enormes restando unicamente as capelas absidais, a fachada que dá para o Largo do Carmo e os dois vãos de arco que se seguem à porta de acesso.