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sexta-feira, dezembro 12, 2003

 

ESPAÇO MULTIUSOS DO FUTURO HOTEL DE CORPUS CHRISTI

R. de São Nicolau, 2-16


Ocupando um espaço entre as ruas dos Douradores e dos Fanqueiros, a antiga Igreja de Corpus Christi, agora em estado de abandono [nem o "Abel" do flagrante "delitro" de Pessoa - o n.º 4 lhe conseguiu sobreviver!] tem em andamento no IPPAR um projecto para a sua conversão num hotel de charme com 30 quartos. Trata-se da única área que resta do convento que D. Luísa de Gusmão mandou construir em 1648 em agradecimento por D. João IV, seu marido, ter escapado ao regicídio planeado para o dia da procissão do Corpo de Deus."Com a igreja a ocupar a parte central, este hotel será um espaço único e quem o visita terá uma história para contar":
"Domingos Leite Pereira, o regicida frustrado, juntamente com António Roque da Cunha, que tentaram assassinar o Rei D. João IV, deu azo a que o nosso grande Camilo romanceasse em "O Regicida", editado em 1874, aquele acontecimento.
Como acto de acção de graças, por ter escapado a esta tresloucada tentativa, a Rainha Dona Luiza de Gusmão, fez construir no mesmo local, em 1648, um ano depois, o Convento do Corpus Cristi, que vem, mais tarde, a doar aos Frades Carmelitas descalços de Santo Alberto, que eram mais conhecidos pelos Torneirinhos ou Frades Torneiros, por existir uma fachada do mesmo Convento a dar para a Travessa do mesmo nome, ou da Tornoaria.
Domingos Leite Pereira foi, de sua profissão, Boticário do Hospital Real de Todos-os-Santos, mais tarde, escrivão da Correição do Tribunal Cível da Corte, que por acaso se encontrava instalado na mesma Rua dos Torneiros.
Tendo hesitado no acto, (embora, haja várias versões sobre o seu começo) D. João IV teria tentado seduzir Maria Isabel Traga-Malhas, segunda mulher de Domingos. Mas politicamente falando, teria sido o Domingos assediado por espanhóis ao serviço de Filipe III, para por fim à vida do monarca. Assim sendo, seria mais viável o facto político, uma vez que o mesmo foge para Espanha. António Roque da Cunha, seu companheiro de acto, vem denunciá-lo no regresso a Portugal.
O Domingos é preso em S. Martinho, e morto no local do pretenso atentado, tendo sido o seu corpo despedaçado, em Agosto de 1647.

A Igreja recebe o Santíssimo, no 1º semestre de 1661. Após destruição e incêndio, pelo Terramoto, os Frades alojaram-se no Campo dos Mártires da Pátria, e posteriormente na Rua do Passadiço (onde viria mais tarde a instalar-se o Amade), tendo voltado para o primitivo local, após reconstrução, em 1756.
Além do quadro alusivo ao Rei, havia pinturas no estuque, da Igreja e Capelas. A imagem de Nossa Senhora do Monte do Carmo, terá sido depositada na Igreja de S. Nicolau. Segundo os registos, ali foram sepultados ilustres, na época, e raro o dia em que não havia mortório. (enviado a 6 de Outubro 2002 por José de Quintanilha Mantas - historiador, e Aurora Almada)"[in, Lisboa Abandonada].



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