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sexta-feira, novembro 21, 2003

 

POMBAL, O TERRAMOTO, AS “VÍBORAS DA REACÇÃO” E A CIDADE NOVA - A BAIXA POMBALINA

Marquês de Pombal

“Ruíram dez mil edifícios, entre eles muitas igrejas.Como era dia de Todos os Santos e eram horas de missa, os templos estavam cheios e morreu muito povo. A nobreza foi poupada porque tinha o costume de ir à missa mais tarde.(…) Logo a seguir pôs-se a questão da reconstrução da capital. Os donos das casas queriam reconstruí-las, mas uma lei proibiu-lhes que fizessem obras enquanto não fosse publicado o plano geral. O projecto de cidade nova tem a data de 12 de Junho de 1758. Os donos dos terrenos onde tinham estado, ou estavam ainda os velhos prédios, eram obrigados a construír ali em conformidade com o projecto. Quem o não fizesse durante cinco anos perdia o direito de construír e os terrenos eram vendidos a quem os pudesse comprar.
(…) Em 1763 havia muitas casas feitas, mas estavam devolutas porque não havia quem as quisesse habitar; os lisboetas tinham-se entretanto habituado a viver em barracas. Mas uma nova lei veio ordenar a demolição de todas as barracas (…).
(…) O Plano de Lisboa foi desenhado e dirigido por arquitectos portugueses (…).
A cidade nova reflectia a concepção que o estadista tinha do Estado: planta geométrica e rectilínea, alçados iguais para todos os edifícios, ausência de palácios ou de qualquer sinal exterior que pudesse sugerir a nobreza do proprietário. Nenhuma porta diferente. A preocupação da uniformidade foi ao ponto de se decretar a proibição de alegretes ou vasos com cravos às janelas. As próprias igrejas foram obrigadas a alinhar pela altura dos demais prédios e também o desenho delas foi feito pelos arquitectos do Estado.


Na praça principal reuniam-se as forças que para Pombal deveriam formar o país: nos andares nobres as Secretarias de Estado, por baixo delas, a servir-lhes de suporte, as lojas do comércio. E a presidir à imensa parada, a estátua do Rei, cujo cavalo avança esmagando víboras [as víboras da reacção]
”.

Marquês de Pombal


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