|
Banca de Jornais veja aqui as edições de hoje
segunda-feira, novembro 24, 2003
“A Baixa não pertence aos proprietários, mas à cidade, ao País e, se quisermos, à Humanidade, a esta geração e às próximas.”
Preservação do valor arquitectónico e simbólico da Baixa Pombalina - Projectos de Intervenção [2]
"Quando em 2001 o GECoRPA organizou o encontro Baixa Pombalina _ Que Futuro?, haviam decorrido sete anos sobre encontro idêntico, organizado pela Ordem dos Engenheiros e pela Câmara e em que foram tomadas decisões _ nenhuma delas foi posta em prática. Estamos em 2003, nada mudou. A Baixa tem hoje vulnerabilidades que a colocam em grande risco, acrescido pelo facto de não ter um plano de salvaguarda. Ora, se se pretende que ela possa vir a ser candidata a Património Mundial (PM), é por esse plano que deve começar-se. A permanência de uma situação de abandono é não só um convite a deixar degradar mais, como um convite à especulação imobiliária. Aliás, têm surgido sinais da grande apetência de certas entidades do sector imobiliário pela Baixa. Uma intervenção num espírito de pura rentabilização seria desastrosa. A Baixa não pertence aos proprietários, mas à cidade, ao País e, se quisermos, à Humanidade, a esta geração e às próximas. Mas o que tenho constatado é que, em muitos casos, há uma incúria deliberada."DN, 16/3/03, «Abandono da Baixa é convite à especulação».Entrevista a Vítor Cóias e Silva [Formado em Engenharia Civil, trabalhou no LNEC, tendo-se especializado, nomeadamente, em consolidação e reabilitação de estruturas. Preside aos destinos do GECoRPA, associação que, agrupando actualmente 50 empresas nos domínios da conservação e restauro e reabilitação, persegue objectivos de rigor e excelência em intervenções no património arquitectónico _ valores que presidiram à sua constituição. Dirige, também, a Pedra & Cal, revista da associação].