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baixapombalina - blog sobre as polí­ticas de intervenção na Baixa Pombalina

 

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domingo, novembro 09, 2003

 

A BAIXA - "Livro de Bordo / Vozes olhares, memorações " [2]



Descobrindo a Baixa e o Chiado que já não existem: das lutas de chafariz, dos mercados da Rua Nova, dos autos-de-fé e das tertúlias no Chiado.



"Logo para este primeiro auto-de-fé foram indiciadas vinte pessoas: acabariam por ser queimados "um bruxo, duas bruxas, e três judaizantes". Eram os autos-de-fé enormes procissões que se estendiam invariavelmente dos Estaos ao Terreiro do Paço, atravessando as complicadas ruas da cidade pré-pombalina.

Auto-de-fé no Terreiro do Paço (do Arquivo do Museu da Cidade, Lisboa). Bandarra e os seus amigos cristãos-novos tinham boas razões para temer o Santo Ofício da Inquisição.

O Museu da Cidade é rico em gravuras que documentam a execução de condenados nas fogueiras ateadas junto ao rio, as procissões saíndo do paço, as carruagens dos nobres a acompanhar, e uma enorme multidão que a tudo assistia como se assistisse a um espectáculo de toiros reais, naquela praça também muito frequente. Os autos-de-fé foram, em Lisboa, espectáculos populares da época, e as janelas donde se desfrutava melhor vista eram disputadas a bons cruzados de prata." (p.98)
A história é contada sem esforço e a leitura é prazer. Pomo-nos a revolver a memória em busca do que substitui as rotinas e as pedras de há séculos atrás e o exercício inverso também é permitido e aconselhável.
"Para se ver o mundo só há dois píncaros: o Himalaia e o Chiado", assim falava Guerra Junqueiro. Por sua vez Eça de Queiroz não tem dúvidas: "o que um pequeno número de jornalistas, de políticos, de banqueiros, de mundanos, decidir no Chiado o que Portugal seja - é o que Portugal é". (p.111) [Alice Vieira, Esta Lisboa , Editorial Caminho, 1993]

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