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sábado, novembro 29, 2003

 

Agência para a Promoção da Baixa-Chiado

Publico, 20/11/03

Veja a Primeira Página do Jornal


"Agência para a Promoção da Baixa-Chiado Está Inactiva"

"A Agência para a Promoção da Baixa-Chiado, que ontem completou dois anos de existência, "nunca fez nada a não ser despesa".

Quem o diz é o vereador da Câmara de Lisboa Pedro Pinto, que por inerência do cargo preside àquele organismo, e que, no ano passado, atribuiu um subsídio de 750 mil euros (150 mil contos) à Agência de Promoção da Baixa-Chiado.

Criada no final do mandato de João Soares, com o objectivo de dinamizar a Baixa, esta entidade tem como fundadores a autarquia e diversas associações de comerciantes, a par do Banco Português de Investimentos e do Metropolitano de Lisboa.

No início, a agência tinha objectivos e projectos ousados. Não só alargar os horários de funcionamento das lojas até às 22h00, como intervir no tecido comercial e de serviços da Baixa, com a criação de um hotel no Terreiro do Paço, o que em 2001 estava "já em negociações", afirmava então o seu director executivo, Artur Montenegro.

Na altura em que a agência foi criada, a comparticipação da câmara passou pela constituição de capital social (21 mil contos em 2001) e também pela cedência de instalações. Inicialmente sediada na Rua dos Sapateiros, a agência não dispõe actualmente de sede, nem tem qualquer funcionário.

"Vamos ter que equacionar o futuro da agência. Ou se fecha, ou se repensa o seu objectivo estratégico", disse Pedro Pinto, acrescentando que "a única coisa que a agência fez foi tratar da limpeza e da segurança de estabelecimentos da Baixa".

Isso aconteceu apenas "durante os primeiros seis meses de existência da agência, em que foram contratadas empresas para fazer a limpeza das ruas e escadas e para fazer a vigilância dos estabelecimentos", disse Vítor Silva, que na agência representa a Associação de Valorização do Chiado.

No último ano, reconhece Vítor Silva, "a agência tem estado inactiva". E os dinheiros que em 2002 foram atribuídos pela autarquia nem sequer terão sido gastos. Diz Vítor Silva que as verbas "permanecem na conta bancária" porque "não há autorização do presidente [o vereador Pedro Pinto] para as movimentar".

Mais longe vai José Quadros, representante da Associação de Dinamização da Baixa Pombalina, co-fundadora da agência: "Neste mandato ela não recebeu nenhum dinheiro", e "o que tem no banco vem do mandato anterior, depois de terem sido regularizadas as dívidas".

Segundo José Quadros, um dos grandes problemas passou pela pessoa que, em 2001, fora nomeada pela câmara para dirigir a agência: Artur Montenegro, vindo do MARL, "não tinha perfil para ser director executivo". E já neste mandato foi dispensado.

"Desde que mudou o executivo [em Janeiro de 2002] criou-se um impasse, porque havia a intenção de fechar a agência. Pedimos ao presidente que não o fizesse, porque ela era necessária. Foi-nos então solicitado que reformulássemos os objectivos, porque, para o vereador Pedro Pinto o papel da agência não passava pela limpeza e vigilância", contou por seu turno Vítor Silva.

Em Junho deste ano, os comerciantes fundadores reuniram-se e apresentaram um projecto, em que o papel da agência passaria pela promoção, divulgação e marketing da Baixa. "Foi muito difícil conseguirmos uma reunião com o vereador, mas em Outubro pudemos enfim apresentar -lhe o projecto, que foi por ele elogiadíssimo, e a pessoa que propúnhamos para dirigir a agência, uma especialista na área do marketing", explicou José Quadros.

Desde então, os comerciantes e o BPI aguardam que Pedro Pinto, presidente da Agência para a Promoção da Baixa-Chiado, lhes responda às propostas apresentadas". [Por FERNANDA RIBEIRO, 20 de Novembro de 2003 ]


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