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baixapombalina - blog sobre as polí­ticas de intervenção na Baixa Pombalina

 

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sábado, novembro 01, 2003

 

1 de Novembro de 1755



“Lisboa tremeu durante alguns minutos a 1 de Novembro de 1755. Caíram palácios, desmoronaram-se igrejas, ruíram casas e mais casas. As próprias muralhas foram atingidas. Morreram milhares e milhares de pessoas. Quase em simultâneo com o terramoto registou-se um maremoto. Impelidas com fúria as águas do Tejo, quebraram as amarras dos barcos e submergiram a Baixa até às Portas de Santo Antão. Houve mais estragos, houve mais vítimas.

Quatro dias de incêndio ampliaram a catástrofe. Transformou-se numa sucessão de montes de escombros a cidade cruzada por ruas estreitas, pátios e escadinhas iluminadas por nesgas de luz.

Pombal agiu com lucidez e energia. Ladrões e assassinos atacavam a população espavorida e indefesa. Muitos tiveram execução sumária nas forcas colocadas em diversos pontos da cidade.

Em face da catástrofe, surgiram três hipóteses: a reconstrução alargando as ruas e reduzindo o número de andares de cada prédio; a remodelação integral do centro da cidade, que foi a parte mais atingida; e a construção, em Belém, de uma cidade inteiramente nova.

Venceu a proposta de Manuel da Maia : «a renovação total da cidade baixa (...) arrasando-a toda e renovando-a toda». Uma equipa que , além de Manuel da Maia, incluiu Eugénio dos Santos. Carlos Mardel concretizou o projecto.

Efectuaram-se tantas demolições que dir-se-ia outra convulsão telúrica. De tal maneira que o sargento mor Joaquim Monteiro de Carvalho, oficialmente encarregado de conduzir a tarefa, ficou conhecido pelo «bota abaixo». Engenheiros e arquitectos, apoiados pelo marquês de Pombal, conceberam o espaço futuro da cidade.” [António Valdemar, DN-8Dez.2002]



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