|
|
Banca de Jornais veja aqui as edições de hoje
quarta-feira, outubro 22, 2003
RELATOS DO TERRAMOTO DE 1755 [C]
Lisboa arrasada ...
“Pelas 9 horas e 30 de uma bela manhã, talvez demasiado quente para a época, o termómetro marcava 14°R e a terra começou a tremer, sob um impulso vertical que vinha do interior para o exterior e a fazia balançar do norte para o sul; os edifícios oscilavam e desmoronavam-se ao segundo momento de duração. O abalo prolongou-se por sete minutos, só com dois pequenos intervalos de remissão. Na terra abriam-se fendas, donde emanavam vapores sulfúricos. O Sol toldou-se com as nuvens de poeira das ruínas fumegantes, que pareciam sufocar todos os sobreviventes. Nas praias, o mar recolheu, deixando o fundo a descoberto, numa enorme extensão, mas, logo a seguir, encapelava-se em ondas alterosas, que avançavam com fúria sobre as povoações costeiras. O terror da população era indescritível; logo nos primeiros instantes, milhares de pessoas ficaram sepultadas nos escombros dos edifícios que ruíam.
Ao ruído da terra em movimento juntavam-se os gritos das gentes e à queda dos edifícios e ao horror do terramoto sucedeu o pavor dos incêndios, que, tendo tido início no centro da cidade, a pouco e pouco se foram propagando; ao cair da noite, Lisboa estava envolvida em chamas.
Verdadeiras obras de arte, mobiliários ostentosos da corte e das grandes casas, alfaias religiosas, tudo desapareceu na fogueira. As chamas devoraram as especiarias da Casa da Índia e da Alfândega. Em poucas horas desapareceram tesouros impossíveis de refazer.” In. Dicionário da História de Portugal, Direcção de Joel Serrão [Terramotos, Vol. VI]
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Cerca de dez mil mortos jaziam entre os escombros, sendo incontável o número de feridos. Os incêndios destruíram o que restara de pé. Nada se salvou de 55 conventos, 35 igrejas, 33 palácios da nobreza e dos 6 hospitais existentes na cidade. O Paço da Ribeira com todas as suas riquezas, ficou totalmente arrasado.
Um Tsunami e o Sismógrafo:
New Page 1
“Pelas 9 horas e 30 de uma bela manhã, talvez demasiado quente para a época, o termómetro marcava 14°R e a terra começou a tremer, sob um impulso vertical que vinha do interior para o exterior e a fazia balançar do norte para o sul; os edifícios oscilavam e desmoronavam-se ao segundo momento de duração. O abalo prolongou-se por sete minutos, só com dois pequenos intervalos de remissão. Na terra abriam-se fendas, donde emanavam vapores sulfúricos. O Sol toldou-se com as nuvens de poeira das ruínas fumegantes, que pareciam sufocar todos os sobreviventes. Nas praias, o mar recolheu, deixando o fundo a descoberto, numa enorme extensão, mas, logo a seguir, encapelava-se em ondas alterosas, que avançavam com fúria sobre as povoações costeiras. O terror da população era indescritível; logo nos primeiros instantes, milhares de pessoas ficaram sepultadas nos escombros dos edifícios que ruíam.
Ao ruído da terra em movimento juntavam-se os gritos das gentes e à queda dos edifícios e ao horror do terramoto sucedeu o pavor dos incêndios, que, tendo tido início no centro da cidade, a pouco e pouco se foram propagando; ao cair da noite, Lisboa estava envolvida em chamas.
Verdadeiras obras de arte, mobiliários ostentosos da corte e das grandes casas, alfaias religiosas, tudo desapareceu na fogueira. As chamas devoraram as especiarias da Casa da Índia e da Alfândega. Em poucas horas desapareceram tesouros impossíveis de refazer.” In. Dicionário da História de Portugal, Direcção de Joel Serrão [Terramotos, Vol. VI]
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Cerca de dez mil mortos jaziam entre os escombros, sendo incontável o número de feridos. Os incêndios destruíram o que restara de pé. Nada se salvou de 55 conventos, 35 igrejas, 33 palácios da nobreza e dos 6 hospitais existentes na cidade. O Paço da Ribeira com todas as suas riquezas, ficou totalmente arrasado.
Um Tsunami e o Sismógrafo:
