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baixapombalina - blog sobre as polí­ticas de intervenção na Baixa Pombalina

 

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sexta-feira, setembro 26, 2003

 

GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente

A Baixa Pombalina e o Ordenamento do Território


Separata do Jornal Expresso de 2 de Fevereiro de 2002


"Enquanto Organização Não Governamental de Ambiente, o GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente defende políticas que integrem de forma harmoniosa os aspectos humanos e naturais. O património cultural surge assim como uma componente essencial do Ambiente Urbano e do Ordenamento do Território.

A Baixa Pombalina é, neste contexto, um caso de valor arquitectónico singular, por ter origem num plano (ao qual deve a sua homogeneidade urbanística, invulgar em contextos urbanos históricos, onde predomina a arquitectura tradicional), possuindo também um forte valor simbólico, mesmo para os que não são lisboetas, como se observou durante a discussão pública do projecto do elevador de São Jorge.

Contudo, os seus problemas não diferem daqueles que se observam noutros centros históricos, nomeadamente despovoamento, manutenção das características arquitectónicas e sua adequação a novos usos e necessidades, conservação e recuperação de edificado, regulação de circulação e dos estacionamentos.

No parecer elaborado pelo GEOTA sobre a revisão do PDM de Lisboa, foi proposto que a Baixa fosse alvo de um plano integrado, que proporcionasse normas de actuação e linhas estratégicas para repensar esta zona, inclusive como espaço de lazer (à semelhança do que se passou na EXPO 98). Uma candidatura da Baixa a Património Mundial poderá ser o ponto de partida para uma intervenção concertada, que valorize este espaço sem o cristalizar, uma vez que o que observamos hoje resulta de séculos de actividade humana (não esquecendo a especial atenção que merece o património arqueológico, em grande parte "invisível", mas de grande valor nesta área).

Em termos de Ambiente Urbano os maiores problemas da Baixa são o ruído e a poluição atmosférica, indissociáveis dos problemas de trânsito (veja-se como a fachada da Estação do Rossio está a degradar-se, após uma intervenção ainda recente). As soluções poderão passar pelo uso exclusivo de transportes públicos (privilegiando o eléctrico), pela procura de novas soluções para as cargas e descargas, e pela adequação à circulação de bicicletas. É ainda essencial criar um espaço público de qualidade, coerente em termos de sinalética, mobiliário urbano, e integração de espécies naturais e de obras de arte.

Muitas destas questões carecem de soluções metropolitanas, destacando-se a gestão dos transportes, a ser efectuada, espera-se que num futuro próximo, por uma autoridade metropolitana.

Por fim, é essencial a participação da população nos processos de tomada de decisão, pelo que os estudos a realizar deverão contemplar a identificação do modo como a população representa e vive este espaço. Não podemos esquecer que a Baixa é também um ponto de passagem, e de trabalho, e que qualquer intervenção terá de considerar a interacção com os bairros adjacentes, com toda a cidade, e com a envolvente a que está historicamente ligada: a linha de Cascais, a margem Sul e o próprio rio, cuja ligação à Baixa merece ser repensada."
Filipa Ramalhete – Grupo de Ordenamento do Território
http://www.despodata.pt/geota/Htmls/Opiniao/Posicoes/2002/02_02_
baixa_pombalina_ordenamento_territorio.html





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